A Oficina de Capoeira chama a atenção na Fundação Beneficente Lucas Araújo. Sempre com a sala cheia, a atividade é voltada para ensinar a prática da capoeira, mas, mais do que isso, auxilia no desenvolvimento físico e psicológico das crianças e adolescentes. Uma temporada especial de atividades foi desenvolvida nos últimos dias e contou com o envolvimento das famílias das atendidas no Lar da Menina Pe. Paulo Farina.
Os momentos de interação possibilitaram fortalecer e estreitar os vínculos com os familiares. De acordo com o instrutor da Oficina, Evandro Mesquita, além de trabalhar a valorização, a importância e os benefícios da capoeira, o projeto, que contou com a participação das mães, pais, avós e responsáveis, potencializou os encontros. “Conseguimos mostrar para as famílias o quanto é importante a prática da capoeira. Mostrar que ela ajuda as crianças e os adolescentes no desenvolvimento físico e psicológico, elementos essenciais para a formação do ser humano”, destacou.
Entre as ações desenvolvidas no grupo, estiveram roda de conversa, musicalidade, instrumentação, ritmo e canto. Além disso, os participantes conheceram um pouco da história da capoeira e seus fundamentos. Para colocar em prática, foi preciso muito alongamento e aquecimento, movimentos básicos e avançados, além de movimentos em dupla e a roda e suas especificidades. Evandro ressalta que a Capoeira abre os horizontes. “A roda nos prepara para uma roda maior. O mundo, que é a roda da vida”, comenta.
Para Lusiane Costa, mãe da Isadora, a Capoeira é um instrumento importante no desenvolvimento de qualquer criança. “Eu vejo a Campeira como sendo fundamental para o desenvolvimento de todas as crianças, mas em especial ao da minha filha. É ritmo, música, alegria e coordenação motora de forma ativa. É também uma forma de brincar, socializar, de manifestar o movimento livre”, pontua.
A importância da capoeira também está na parte histórica. Lusiane ressalta que, para além de ser uma atividade que trabalha o físico, a Capoeira traz consigo o peso da história. “Ela possibilitou que negros, que eram escravizados, pudessem fortalecer o seu físico e compartilhar a sua cultura. Ela é uma manifestação artística. Enquanto mãe e negra, para mim é fundamental que esse espaço fosse ofertado dentro do Lar da Menina, interagindo com algo que faz parte das nossas vidas”, frisou.
Comments