Documento foi feito em 22 de novembro de 1915 pelo então Tenente Coronel Lucas Araújo
Há 100 anos o Tenente Coronel Lucas José de Araújo deixava registrado seu desejo de passar parte de seus bens para uma instituição que se dispusesse a cuidar de crianças e órfãos da cidade. Assim, desde 1928 sua herança institui fundos que mantém o trabalho da Fundação Beneficente Lucas Araújo no atendimento à crianças, adolescentes e idosos.
“Eu, Lucas José de Araújo, como cristão católico-apostólico-romano que sou e em cuja religião espero morrer, tenho deliberado, como faço de minha livre e espontânea vontade. Visto que me acho em perfeito estado de saúde, e absoluta clareza de espírito. Assim pois, usando do direito que me faculta a lei, pelo presente faço minhas disposições de última vontade que, espero, serão cumpridas depois de minha morte”. Foi desta forma que dispôs de todos os bens que integravam a sua herança para a primeira associação que criasse, na cidade, um ‘asilo de crianças órfãos e desvalidas”, foi como se referiu à época.
O testamento também traz outros nomes importantes da história de Passo Fundo. Lucas Araújo tinha como testamenteiros Nicolau de Araújo Vergueiro, Armando de Araújo Annes e Athanagildo Rodrigues da Silva.
Segundo Luiz Costella, diretor da Entidade, os bens herdados há 100 anos mantém de forma indireta o atendimento, hoje, de mais de 400 pessoas, incluindo crianças, adolescentes e idosos e a manutenção do Lar da Menina Pe. Paulo Farina, da Escola de Educação Infantil Menino Deus e João Busato e da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) São José e São João XXIII. Mas, lembra que durante a história da entidade foram milhares e milhares de pessoas beneficiadas. “Essa data é muito importante para todos nós que fazemos parte da Fundação Lucas Araújo. É um marco que nos lembra a relevância do trabalho que desenvolvemos e o compromisso que temos com o bem estar dos nossos atendidos”, destaca.
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